HORTA. CAPITAL DO IATISMO

O porto da Horta encontra-se, por esta altura, superlotado de veleiros, que fazem escala na ilha do Faial, no arquipélago dos Açores, durante a travessia entre a América e a Europa.

Nos meses de abril, maio e junho, principalmente, intensifica-se o movimento diário de embarcações ao largo da costa sul do Faial, de oeste para leste, em direção à mais abrigada baía das ilhas açorianas, em pleno Atlântico Norte.

De velas enfunadas em dias ventosos aproando às ondas; mastros despidos; ou pano indolente em tempo de calmaria; os “aventureiros” (barcos e tripulantes que chegam em iates de recreio, assim apelidados na gíria local) anseiam pela cosmopolita Horta, que encontram, após longos dias e curtos sonos de viagens sem paragens, com os braços abertos da Espalamaca e da Guia (montes que desenham o ancoradouro tranquilo e seguro responsável pela projeção secular que o Faial alcançou na história da navegação atlântica), à sua espera.

O casario em anfiteatro, que parece uma sala de espera; as araucárias, em sentinela, que velam pela cidade; as igrejas, altivas, que escondem estórias imemoriais; a marina, que acolhe de forma única e o “Armandinho”, que sorri e se tornou num símbolo da mítica hospitalidade faialense; e, finalmente, um gin, poliglota, no bar mais procurado do mundo – o Peter Café Sport –, tornam a cidade da Horta no fim e no princípio de tudo para qualquer marinheiro.

A cidade da Horta e a ilha do Faial provocam uma atração especial e única, quer se queira sorver o mar em múltiplas atividades marítimo-turísticas (observação de baleias no seu “habitat” natural e passeios em botes baleeiros ou em lanchas rápidas, vela, mergulho, pesca desportiva, expedições científicas), quer se procure simplesmente a contemplação da simbiose perfeita terra–mar. ✓

[ texto escrito a 28 de maio de 2022, revisto para publicação nesta data ]





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