O BRASÃO ESTÁ QUASE PRONTO
Decorrem em bom ritmo as obras de recolocação do brasão defronte da porta principal do Forte de Santa Cruz. Através de uma fotografia divulgada pela Câmara Municipal verifiquei que esta peça está a ser reconstruída junto à porta, um pouco mais acima do lugar em que se encontrava antes. Mas, isso não é importante. Ocorre-me, porém, perguntar e já o fiz anteriormente, aonde é que foram parar as antiquíssimas lajes de basalto que dali foram retiradas, precisamente do mesmo sítio que agora é objeto de intervenção? Essas, sim, têm um valor histórico importante. Será muito difícil responder a esta pergunta, já colocada, publicamente, várias vezes? Se é difícil, isso significa que não convém dar a resposta e, então, os faialenses têm razões para desconfiar de um ato criminoso, configurado na apropriação de um bem comum. Se a falta de resposta resulta de uma birra, capricho ou falta de atenção, isso revela uma atitude, no mínimo, de negligência ou sonegação de informação, que diz bem do sentido de responsabilidade de quem nos governa.
A colocação do brasão levanta ainda outras questões, algumas das quais já abordei aqui »».
Por exemplo: em frente à antiga Estalagem de Santa Cruz baniu-se, por completo, a calçada, mas, arranca-se o pavimento, outra vez, para voltar a colocar o brasão… em calçada; ou seja, neste caso, não há problema nenhum em mexer e alterar o projeto (os arquitetos não dizem nada), porém, na Avenida Marginal, já não são aceites mexidas (aqui os arquitetos refilam), cujo objetivo seria, curiosamente, manter parte da calçada existente, que é o que está a ser feito com o brasão!
Um amigo meu acaba de me perguntar: será que as pessoas que tomam estas decisões, pensam?
Enquanto isto, o Facebook é inundado de notícias e fotografias sobre tudo e mais alguma coisa da atividade camarária: reuniões, audiências, visitas, decisões, planos, projetos, iniciativas, música, cultura, espetáculos, sessões, conferências de imprensa… e, no mesmo Facebook, vejo estradas transformadas em ribeiras, caminhos esburacados, casas com água a entrar pela porta dentro e, ainda, na televisão, o Senhor Eduardo Quaresma, da Ribeirinha, todo alagado pingando, perante uma enxurrada, exclamar: a Junta de Freguesia faz o que pode, mas as Obras Públicas e a Câmara nem sequer aparecem aqui! |x