… continuamos na “terra da coisa rara”!

Desconheço o autor da expressão “terra da coisa rara”, criada como epígrafe de escritos de natureza crítica sobre situações que ocorriam na sociedade faialense. Tenho a ideia de que terá sido algum dos gazetilhistas que se notabilizaram no extinto O Telégrafo quem lançou a frase, no século passado, quando os jornais tinham muita acutilância na abordagem do quotidiano da cidade e da ilha, mas mantendo, regra geral, a postura. Já ouvi dizer, no entanto, que foi o jornalista Rogério Gonçalves, diretor do já referido matutino, o pai da feliz expressão. Lembro-me do Professor Alberto Lemos, articulista do mesmo diário, abordar questões da “terra da coisa rara”, escolhendo estas palavras para título de uma série de textos. Parece-me, portanto, que está por encontrar o autor deste conceito, que, ao longo do tempo, tem sido verbalizado sempre que a estupefação toma conta de alguém que assiste ao que, supostamente, não devia acontecer. A verdade é que, conhecendo-se ou não o criador da expressão “terra da coisa rara”, ela continua bem atual como expediente perfeito para significar que se ficou de boca aberta quando nos deparamos com certas “coisas”. É o caso que a fotografia mostra!
Não vou, porém, voltar ao debate do Projeto de Requalificação Urbana da Frente Mar da Cidade da Horta, porque a imagem fala por si e porque há uma “coisa” que me parece evidente: algo está mal neste projeto… |x
