Câmara Municipal chama faialenses à discussão presencial
Sessão pública marcada para o dia 9 de novembro
A CÂMARA MUNICIPAL da Horta anunciou hoje no seu portal da Internet e na sua página do Facebook, pelo menos, «uma sessão de apresentação pública sobre a empreitada de Requalificação Urbana da Frente Mar da Cidade da Horta – Unidade de Intervenção do Troço Central», que vai decorrer no Teatro Faialense, na próxima quarta-feira, 9 de novembro, pelas 21 horas.
Embora o anúncio fale de «apresentação pública» presume-se que seja um momento que dará lugar à intervenção dos presentes. A iniciativa camarária deve ser vista como resposta a um movimento informal gerado nas redes sociais e na opinião pública que tem posto em causa, sobretudo, o projetado desaparecimento de troços de calçada portuguesa na cidade da Horta, nomeadamente na Avenida Marginal e em frente à «Estalagem”.
A diplomata faialense, embaixadora de Portugal em Timor-Leste, Manuela Bairos, liderou, inclusivamente, uma petição pública, com mais de um milhar de subscritores, intitulada «Em defesa da preservação do passeio em calçada portuguesa da Avenida Marginal da Horta».
Também tem vindo à baila a antiga muralha da Rua do Mar e a possibilidade de manter à vista esta edificação, redescoberta com os trabalhos de requalificação urbana da Frente Mar que estão a decorrer.
O presidente da Câmara Municipal da Horta, Carlos Ferreira, na última sessão da Assembleia Municipal, tinha prometido convocar a população para discutir este assunto, afirmando que o executivo que lidera «está perfeitamente disponível para ouvir e dialogar».
Esta sessão deverá despertar muito interesse e consequente participação, tendo em conta que numerosos cidadãos se têm pronunciado, sobretudo nas redes sociais, relativamente ao assunto que será discutido. Há mesmo quem já tenha escrito, em comentário do Facebook, «vamos ver as presenças».
A adesão à reunião dirá muito da forma como o assunto está a ser encarado pela população, ou seja, responderá à pergunta sobre se as manifestações até agora verificadas são, apenas, fogo de vista ou traduzem uma genuína preocupação pela preservação dos valores históricos que a Horta e o Faial encerram. |x
Uma opinião sobre “FRENTE MAR DA CIDADE DA HORTA EM CAUSA”