Qualquer convocatória de uma assembleia geral de uma qualquer agremiação, nos dias de hoje, prevê que, perante a inexistência de “quorum”, os associados se possam reunir meia hora ou uma hora depois independentemente do número de presenças.
Isto já acontece há bastantes anos e tornou-se uma prática corrente, ao ponto de os estatutos das coletividades terem vindo a ser alterados, precisamente para acolher o procedimento em causa.
Como ninguém aparecia nas assembleias gerais e para evitar segundas convocatórias alguém teve a ideia e agora já é assumido que só aparece à hora marcada quem tem a chave da porta e aos (poucos) restantes basta comparecer passados os referidos 30 ou 60 minutos de dilação.
Trata-se de um sintoma dos tempos modernos, em que os cidadãos deixaram de se interessar pela vida das suas associações, por causa de outros apelos, em que o comodismo comanda.
Eu tinha a ideia de que esta ausência era uma coisa recente, mas, ao folhear a coleção do jornal Correio da Horta, apercebi-me que, já no recuado ano em que eu nasci, o desinteresse pela vida coletiva da nossa comunidade se fazia sentir. Ou, então, tratou-se de um caso esporádico.
Atente-se no fac-símile.
