No passado dia 26 de março faleceu, no Hospital da Horta, aos 92 anos de idade, José Lucas da Silva [na fotografia, abaixo, com direitos reservados].
O “Dr. Lucas”, como era conhecido, foi uma figura marcante do Liceu Nacional da Horta, depois Escola Secundária da Horta e atualmente Escola Secundária Manuel de Arriaga.
Licenciou-se em geografia e lecionou longos anos esta disciplina e ainda matemática e introdução à antropologia cultural.
Frequentou os Liceus Luís de Camões e Passos Manuel, em Lisboa, onde chegou a ser docente.

Natural da freguesia das Angústias da cidade da Horta, nascido a 18 de agosto de 1928, era uma figura simpática, tendo granjeado na sociedade faialense grande popularidade.
Enquanto professor, aliava ao perfil de dedicação ao seu múnus, que a sua bata impecavelmente branca simbolizava, uma permanente predisposição para o humor. São inúmeras as estórias contadas por alunos seus, quase sempre com final hilariante.
Também entraram para o anedotário clássico faialense os episódios que protagonizou na capital portuguesa enquanto lá viveu.
A imagem de “bon vivant” a ele associada, que a franca e estrepitosa gargalhada e voz grave confirmavam em qualquer ambiente em que a sua presença notória naturalmente se impunha, evidenciava-se, por exemplo, quando, já reformado, aparecia na padaria, pela manhã, o que era logo motivo de provocação, porque havia sempre alguém que “entrava” com ele para desfrutar do seu espírito folgazão.
Manteve um permanente aspecto jovial, mesmo depois dos anos já lhe pesarem. Era um amante da columbofilia e foi um exímio jogador de “ping-pong”. |X|
|| SOUTO GONÇALVES texto
Depois de redigida e publicada a notícia do falecimento do Dr. Lucas, neste blogue, o meu amigo Luís Rosa, através do Facebook, lembrou-me que ele, frequente espetador dos jogos em que participava o seu clube, o Atlético, levava consigo alguns dos seus pombos-correio e, sempre que os alvinegros marcavam um golo, libertava um pombo para assinalar o feito.
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