Faleceu ontem, no Hospital da Horta, depois de doença prolongada, aos 85 anos de idade, José Teixeira.
Ainda em criança deixou a sua terra natal, a Ribeira Grande, na ilha de São Miguel, para viver no Faial o resto da sua vida.
Tornou-se uma figura indissociável do ambiente citadino hortense, pela forma simples, pacata e atenciosa como era visto no seu dia-a-dia.
Atravessava a cidade de lés a lés, em caminhadas diárias, sendo impossível não notar a sua presença, que se confundia com as personagens típicas que identificam e nos tornam familiares os lugares que percorremos.

Foi motorista da Câmara Municipal da Horta (ainda no tempo em que o município tinha umas camionetas com a frente em bico comprido), profissão de que se aposentou.
Pai de uma família de seis filhos, foi um lutador e honesto trabalhador na procura do sustento para os que tinha sob a sua responsabilidade paternal.
Recorreu à criação de porcos e ao cultivo de alguns produtos da terra, como contributo para satisfazer as suas necessidades económicas, tendo mantido, já depois de reformado, uma constante atividade ralizando trabalhos de agricultura e como pedreiro. Foi funcionário do supermercado Nutripélago.
Profundamente religioso, foi irmão do Império da Rua da Conceição e pertenceu à Ordem Terceira do Carmo. Era um católico praticante, de missa diária, humilde e modesto, um espelho do Evangelho.
Quem o conhecia ou com ele cultivava amizade não conseguia cruzar-se com o “Senhor Teixeira” sem parar para uma cavaqueira, alimentada com um sorriso delicado e assunto bastante. |X|
|| SOUTO GONÇALVES texto | Fotografia com direitos reservados