Dia: 13 de Março, 2021

ATLETISMO. Cinco medalhas para a seleção e atletas do Faial

ATLETISMO. Cinco medalhas para a seleção e atletas do Faial

Da esquerda para a direita: Olga Junqueira, Amélia Escobar, João Bastos, Francisco Melo, Matilde Morato, Carolina Lima, Diogo Ávila, Bruno Ávila, Leonor Medeiros e Dário Moitoso

A seleção do Faial que participou no Campeonato Regional de Corta-Mato, na ilha Terceira, classificou-se em 3.º lugar, enquanto individualmente os faialenses obtiveram três primeiros lugares e um segundo

Composta por uma dezena de atletas (cinco masculinos e cinco femininos), todos do Clube Independente de Atletismo Ilha Azul (CIAIA), a seleção da Associação de Desportos da Ilha do Faial (ADIF) competiu neste sábado, no Monte Brasil, em Angra do Heroísmo, na ilha Terceira, no Campeonato Regional de Corta-Mato, juntamente com os representantes do Pico, Terceira e São Miguel.

Em termos coletivos a ADIF conquistou a 3.ª posição, atrás de micaelenses (1.º lugar) e terceirenses (2.º).

No plano individual quatro dos cinco atletas masculinos do Faial subiram ao pódio, três à 1.ª posição e um ao 2.º lugar.

O infantil Francisco Melo cortou a meta em 1.º lugar após um percurso de 1.000 metros; o juvenil Diogo Ávila foi 2.º classificado na prova de 4.000 metros; o júnior Bruno Ávila alcançou a 1.ª posição na distância de 8.000 metros e, por fim, o sénior Dário Moitoso venceu a corrida de 10.000 metros.

Também fizeram parte da seleção da ADIF Amélia Escobar (infantil), Carolina Lima (iniciada), João Bastos (iniciado), Matilde Morato (juvenil), Leonor Medeiros (júnior) e Olga Junqueira (sénior).

|| SOUTO GONÇALVES texto | ADIF fotografia

OBITUÁRIO. Manuel Herberto Terra

OBITUÁRIO. Manuel Herberto Terra

Faleceu no passado dia 10 de março, na Horta, Manuel Herberto Terra da Silva, aos 80 anos idade.

Natural da Prainha do Norte, concelho de São Roque do Pico, foi funcionário da extinta Empresa Pública de Abastecimento de Cereais, tendo trabalhado nos “Celeiros”, designação como era conhecida entre nós a sucursal da EPAC, situada onde hoje existe o hipermercado Continente.

Residente na Horta, era um homem de trato cordial e com grande sensibilidade em relação aos mais desfavorecidos, em tempos muito diferentes dos que hoje se vivem. No seu longo percurso profissional é conhecida a preocupação de proporcinar a quem tinha maiores dificuldades a oportunidade de trabalhar nas descargas de cereais, atitude que lhe merecia o reconhecimento por parte daqueles que beneficiou.

Muitas das suas horas vagas dedicou-as à caça e à pesca, os seus “hobbies”, tendo possuído um barco.

Manuel Herberto Terra era um antigo combatente. Prestou serviço militar como furriel em Angola, no princípio da guerra do ultramar, entre 1963 e 1965. |X|

|| SOUTO GONÇALVES texto | Fotografia com direitos reservados

TRADIÇÃO. “Belamento!”

TRADIÇÃO. “Belamento!”

Uma tradição caída em desuso, em que o jogo não passava de uma brincadeira, que, no entanto, chegava a equivaler a uma competição a sério

Há uns anos, nesta altura, com a aproximação da Páscoa, era comum jogar-se ao “belamento”, ou “belamente”, ou, ainda, para ser rigoroso quanto os dicionários, “balamento”. Presentemente, se há quem jogue, não se nota. Talvez nas escolas ainda se encontre algum professor que estimule esta tradição. Caiu em desuso, como muitos outros costumes.

O “belamento”, que era comum no continente e nas ilhas, consistia numa disputa entre duas pessoas, que combinavam “dar belamento”, isto é, surpreender o adversário dizendo esta palavra de forma direta, normalmente apontando-lhe o dedo.

O “belamento” tanto podia ser “dado” uma vez em cada dia, ou duas ou até mais, como por exemplo de manhã e à noite, ou de manhã, ao meio-dia e à tarde ou noite.

Depois de iniciada a Quaresma e até à Semana Santa jogava-se ao “belamento”, combinando-se o dia em que começava e quando terminava, sempre antes do Domingo de Páscoa, talvez até antes da Sexta-Feira Santa, pois nesse dia o recolhimento era quase absoluto.


Jogar ao “belamento” implicava, para se obter vantagem (cada “belamento” conseguido contava um ponto), surpreender o concorrente, daí que a tática usada passava por algumas artimanhas, sobretudo conhecer e seguir os passos do outro, apanhá-lo de surpresa, contar com o conluio de alguém.


Jogar ao “belamento” implicava, para se obter vantagem (cada “belamento” conseguido contava um ponto), surpreender o concorrente, daí que a tática usada passava por algumas artimanhas, sobretudo conhecer e seguir os passos do outro, apanhá-lo de surpresa, contar com o conluio de alguém.

Não raramente as crianças obtinham a colaboração dos pais e familiares para pôr de pé tais estratagemas. Também pais e filhos, ou avós e netos concorriam entre si, quantas vezes com a tolerância dos mais velhos, que se punham a jeito para “levar belamento” e se deleitarem com o gáudio dos inocentes por conseguirem pontuar.

Mas havia disputas sérias também. E confrontos decididos nas últimas horas.

Quem ganhasse recebia o prémio previamente acordado: um pacote de amêndoas com açucar [na fotografia, com direitos reservados], normalmente 250 gramas, ou confeitos. Havia casos, porém, em que estavam em disputa um quilo ou dois, demonstrando bem como esta brincadeira por vezes assumia contornos de competição a sério, o que seria caso para dizer que ninguém quer perder nem sequer a… amêndoas!

|| SOUTO GONÇALVES texto

“AVENTUREIROS”

“AVENTUREIROS”

|| JOSÉ MACEDO fotografia

“AVENTUREIROS” é uma rubrica de registo da chegada de iates ao porto da Horta a partir das publicações do fotógrafo José Macedo, que, através do Facebook, faz um acompanhamento diário do movimento de “aventureiros” (designação pela qual, no passado, este tipo de embarcação era conhecido na Horta).